Sobre o Casal Sensacional

Se alguém lê este blog, deve estar se perguntando por que eu ainda não postei nada sobre o assalto na casa da Fátima e do William. Primeiro: eu estava de plantão, 24 horas, no dia 01. Não assisti o JN, nem noticiário algum. Já era perto de meia-noite quando o Agente Eduardo, que também não parou em casa o dia inteiro, ligou para mim. Estava começando o Jornal na Globo. Imagine o seguinte diálogo:
"Ju, você já soube?"
"Do Papa? Já, acabei de saber. Mas ele tá bem. o Jornal começou agora." (Eu tenho um carinho imenso pelo Papa desde que o vi. É um homem muito doce.)
"Você não assistiu o Jornal Nacional? Tá sentada?"
"Não. Peraí. Pronto, sentei"
"Olhe, já está tudo bem, mas entraram na casa do William e da Fátima..."
"Ai, meu Deus! Os meninos! Os meninos estão bem?"
Daí apreende-se o resto. Quem ouviu o telefonema pensou que tinha contecido alguma coisa com alguém da família. Pra mim, é um pouco família sim.
Segundo: Apesar de ter sido um plantão suave, passei o dia de cama. Não se dorme direito em plantão. A simples perspectiva de ser chamada não permite nenhum cristão relaxar. Eis o porquê de estar às 5 da manhã da quinta comentando o noticiado na terça.
Terceiro: Eu ainda estou tentando acreditar. Se foi um assalto planejado (e deve ter sido, porque foram direto à casa deles no condomínio), expliquem-me por que não invadiram durante as férias do casal (que deveria estar viajando). TODO MUNDO sabia que eles estavam de férias, passaram duas semanas sem apresentar o jornal. Dois: Por que não assaltar durante a tarde, quando os donos da casa CERTAMENTE não estariam lá, tendo apenas as crianças e as babás, que não iriam reagir? Três: e se não foi apenas um assalto? Minha paranóica mente aceita a possibilidade de algo relacionado ao trabalho. Se nem duas pessoas tão queridas estão a salvo disso, imagina euzinha, que dou graças porque não estava dentro do meu carro quando foi roubado!
Pra completar, não cometam a besteira que Bonner fez; não reajam. Ele teve muita sorte. Ou então o ladrão, apesar de tudo, era meio fã.