sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Domingo
Tarde com Fernanda, reassistindo “Um grande garoto”, com direito aos extras. Adoro o filme. É bom revê-lo devez em quando pra ver se não estou me transformando num Will ou numa Fiona. E a Tony Collete está irreconhecível, pelo menos para mim que adoro “O casamento de Muriel”. Finalmente assisti “Lilo e Stitch”. Impagável. Estou arrependida de não ter visto antes. Foi o Elvis quem me convenceu. É, o Rei. A trilha é o melhor do filme, embora a história não seja nada mal, claro. Os extras estão ótimos. Pena que o som da dublagem esteja tão baixo. Podiam ter posto legendas. E os extras de Shrek 2? Dá pra ver que vem mais um Oscar por aí. E pra alcançar a grandiosidade do trabalho vendo os erros de computação gráfica. Mais difícil que uma filmagem normal.

Silêncio. Eu quero rezar!

Fomos à missa depois. Pois dá pra acreditar que havia um menino sentado no chão e jogando videogame, com som, durante a missa? E esse era o mais educado, porque não fazia muito barulho. Havia mais dois, de uns quatro ou cinco anos que não pararam durante toda a cerimônia. A Igraja lotada. Eu não via o padre, só ouvia, e tentava me concentrar com as crianças aos gritos, correndo na minha frente. E era um sermão tão lindo! O cúmulo foi durante o Pai-Nosso. O padre, acho que ele é da Carismática, resolveu fazer algo diferente e iniciou a Oração de São Francisco. Eu não escutava nada. Fiz “psiu” bem alto. E os meninos nem aí. ”Silêncio”. Nada. Eu já não cantava, berrava, tentando ouvir minha voz, porque a do padre já tinha sumido. Parei, olhei pros meninos e disse “meninos, vamos rezar?”. Parecia que eu tinha falado aramaico. Acho que ninguém explicou que aquilo era uma Igreja, pobrezinhos. Imagina pedir pra “comprender mais que ser compreendido” quando queria dar uns tapas naquelas pestes. Até que perdi a paciência e me ajoelhei pra falar com eles. Expliquei que era preciso silêncio pra rezar e perguntei pela mãe deles. Não souberam responder. Eu falava mesmo aramaico e não tinha tecla SAP. Depois disso eles continuaram conversando enquanto eu tentava rezar e de repente sumiram. Acho que a mãe chamou-os.
Pra quê alguém leva crianças para a missa se não é pra ensinar a rezar? Se ainda fossem muito pequenos! Mas não eram. Se conseguiam estabelecer uma conversa sem fim, eram capazes de entender o que era uma missa. Naquele dia lembrei de uma amiga que adora declarar “eu chutaria criancinhas”. Eu adoro crianças. Crianças bem educadas, ressalte-se. O resto da missa perdeu a graça, eu não fiquei cheia de energia pra semana e sim tremendo de raiva.

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