A doença da véia Marta

Para quem já ouviu falar sobre a minha mãe, please, não esquentem, não é nada pra se preocupar.

Ela foi internada na quinta-feira pra retirar um cálculo renal, teve alta na sexta de manhã e voltou pra casa. Deu tudo certo. Aliás, deu tudo tão certo que o médico achou que não precisava colocar um diabo de um catéter ligando o rim à bexiga, que ele explicou pra que que serve mas eu não vou me meter a explicar (doutora X, faça as honras).

O problema foi que ela acabou não se recuperando tão bem, ficou inchada igual a um balão e teve que voltar lá no sábado pra colocar o diabo do catéter. Ela teria alta ontem, se não continuasse se queixando de estar inchada e com dor e com gases, então o dotô achou melhor que ela ficasse lá até hoje pra continuar tomando os remédios bem comportadinha.

Hoje de manhã ele descobriu que uma bacteriazinha filha da puta se aproveitou da oportunidade da cirurgia pra dar uma festinha para os amigos, mas como a dona Marta já estava tomando antibiótico, a festinha não foi muito barulhenta. Agora ela vai ficar hospitalizada até quarta-feira, tomando um outro antibiótico que vai chamar os policiais pra dar um baculejo no lugar e acabar com a festinha na porrada.

Enquanto isso, a grande preocupação é com a minha pobre vó, que está arrancando os cabelos de preocupação com o bebê mais velho dela, ainda mais depois que o desgraçado do meu tio-avô, que é um médico chiquérrimo, disse pra ela que o inchaço de sábado era sintoma de infecção hospitalar. Isso não se faz, ainda mais com uma senhora de setenta aninhos que já teve um derrame no olho por causa de um stress muito grande.

Continuem rezando pela véia Marta, mas acreditem em mim, ela está ótima. O único problema dela se chama "saco cheio". Afinal, se ela pudesse tirar uma semana de férias pra não fazer nada além de ler, dormir e assistir filminho, ela ia adorar, mas como o médico mandou ela fazer isso, ficou chato.

Beijos pra todos,

Nanda