sábado, fevereiro 14, 2004

Apenas saiu. Queria que sempre saísse algo assim. Não pra publicar, mas pra escrever mesmo. Vocês sabem como é bom construir alguma coisa.

DISTÂNCIA
Juliane X

Quando lembro do teu riso à minha visão tão simples ao amanhecer, quando não coloquei ainda minha máscara de pessoa séria, quando ainda sou apenas eu, nada além...
Então lembro do quão distante te tenho, meu amado, que nossas mãos não se tocarão a cada minuto desejado, pela distância imposta pelas circunstâncias outras que não escolhemos.
Sofro e desespero, temo sair em desordenada pressa, como se meu amor pudesse manter-me viva até minha chegada, diante de ti. Tento aceitar que logo vai passar.
Que os dias passarão a correr por nós sem que nos apercebamos. Em poucos instantes estaremos nos braços um do outro e esqueceremos a distância que havia entre nós até aquele momento!
Perdoa-me a eloqüência da poesia branca que brota como planta à procura do sol que ainda nem nasceu, a sofreguidão com que confesso tão dileto crime cometido sem intenção de mal algum
É que saber-te à escuta faz-me eloquente. O espaço e o tempo tornam-se detalhes desprezíveis perto de meu sentimento ao seu simples pensamento.
Espera am-Ado que escrevo para ti! Aceita mais um dia, mais um momento, um instante. Acredita que voltarei, pois voltarei. Para permanecer por muito tempo a teu lado, antes que outra missão nos chame, nos separe.
Saberemos então que podemos resistir a qualquer tempo ou angústia, pois somos fortes, mais fortes do que jamais imaginamos.

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