Plantão da quarta-feira
Um volume considerável de pacientes durante a manhã. Cheguei a pensar que estivesse sem médico na outra emergência de novo. A maioria coisas simples, mas um casal chamou atenção. Ele caiu com um muro sobre a esposa. Embora ele estivesse todo arranhado e cortado, me preocupei com ela, que estava com a cabeça macia demais. Depois de fazer uma sutura e curativos na mão dele, solicitei uma ambulância e uma avaliação neurológica para ela. Diversos retornos de pessoas trazendo exames. A mocinha com dor abdominal não tinha gastrite, mas esofagite. Já estava melhor depois da dieta sem irritantes gástricos. Habituais confirmações de anemia, parasitoses. Pra variar, todo mundo continua bebendo pouca água (peraí que eu vou beber um pouquinho). Um rapaz veio drenar um abscesso.
Vieram as fraturas de fêmur. Uma velhinha caiu em casa e fraturou a coluna e o cotovelo. Estava engessada do pescoço até à cintura, imagino o calor daquele colete. Uma moça foi atropelada e quebrou a perna.
À tarde, aquele senhor do abscesso no calcanhar veio fazer um curativo. Ainda havia um pouco de pus, mas ele já conseguia pôr o pé no chão. O rapaz do abscesso da mão voltou tão bem que quase não o reconheci. Perto das sete da noite, a irmã da auxiliar veio com queixa de dor de garganta e havia placas de pus nas amígdalas: amigdalite bacteriana. Prescrição de antibiótico para prevenir febre reumática.
À noite, internei os pacientes das cirurgias do dia seguinte.A paciente psiquiátrica que quebrou o braço continuava aos gritos na enfermaria e a senhora internada com feridas nas pernas não estava muito melhor. O parecer do cirurgião vascular recomendava prolongar o tempo de internamento e curativos com permanganato de potássio, mas havia tanta necrose no local que me perguntei como a medicação chegaria ao tecido vivo.
Antes de meia-noite, internei uma senhora com a pressão 220 x 100 mmHg, há três dias sendo socorrida sem melhora.
domingo, abril 10, 2005
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