quarta-feira, janeiro 28, 2004

28.01.04
Pra variar escrevi ontem e não consegui publicar. Hoje descobrir (de novo) que desapareceu tudo. Acho que vou voltar ao arcaico método (escrever à mão).

Resumo de 27.01.04
Atendimento de pediatria pela manhã e saúde da mulher à tarde. Homens marcados para a tarde. Como é que se marca um homem pra saúde da mulher? Só se for pra planejamento familiar ou acompanhante de pré-natal. Como vou fazer uma palestra sobre câncer de mama pra um grupo de homens?
Deixei claro que a prioridade eram mulheres. Que , se desse tempo, atenderia os homens. Que havia sido erro do pessoal da marcação de consulta e que, se não tomasse uma atitude o fato (que já ocorreu diversas vezes) se repetiria. Entrei pra atender a primeira paciente.
A enfermeira/gerente (e pé-no-saco) interrompeu a consulta, querendo que fosse atendidos todos os pacientes. Expliquei que a função da marcação de consulta é exclusiva de duas pessoas e que não podia trabalhar metodicamente daquele jeito. “mas o que é que eu digo?”. “Nada. Eu já disse”. ‘mas doutor Fulano...” “eu não sou doutor Fulano. Por favor, deixe-me trabalhar. Você queria que eu atendesse 16 pacientes por turno. Preciso trabalhar”. “Pois não ‘doutora’”. “A senhora pode sair? Preciso trabalhar”
De fato, deu tempo de atender pacientes extras. O que me aborrece é a indulgência da gerente com os funcionários. “É muita coisa”, ‘você tem de entender”. Existem duas zeladoras, dois auxiliares de serviços administrativos, uma responsável pela farmácia e outra moça que não sei (até agora) o que faz.
Vale salientar que NUNCA vi a gerente chegar às 7h ou permanecer na Unidade até às 11h. SEMPRE há alguma coisa pra resolver na Secretaria de Saúde ou na Regional. Como exigir dos funcionários se a chefia não dá exemplo?

Dia 28.01.04
Estou sendo ignorada. Graças a Deus. Que pena pros pacientes. Continuo esperando por atitudes e condutas que não me cabem, e não são feitas.
A zeladora foi-se embora antes das 11h e me deixou sozinha na Unidade com os últimos pacientes. Da gerente nem sei notícia.
Acabou que estava morrendo de cólica à tarde e não consegui voltar pro atendimento. Gostaria de ter ido. Amanhã vai ser ouro aborrecimento. Vamos rezar pela próxima enfermeira. Rezem por nós.
Atendi uma moça de 13 anos, grávida, com um nome incomum. Tenho certeza que a atendi em Recife, recentemente. De fato, ela morou por lá, mas foi atendida em tantas emergências que não lembra se me viu antes. Mundo pequeno.

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