Sobre Bridget Jones no limite da razão
Assistido em 05/12/04 com Vicky, Fernanda e Ado, em meio a gargalhadas e sorrisos, e uma torcida danada por um final feliz.
Fazer continuações é uma arte, geralmente um crime. Em ‘Bridget Jones, no limite da razão’ conseguiram algo muito raro: fazer uma continuação à altura. Não um filme ainda melhor que o primeiro, ou uma história completamente nova com antigos personagens como isca pra atrair o público. Não. Continuaram a história, como um capítulo seguinte. Se você sorriu ao pensar em Darcy e fez careta à lembrança de Daniel, então eles são velhos conhecidos, e o primeiro filme lhe acompanhou além da sala onde o viu pela primeira vez.
Não sei pq você assistiu “O diário de Bridget Jones”, provalvelmente foi ver o Hugh Grant porque não tinha idéia de quem era aquela moça loura e gordinha, não sabia que ela era australiana e havia engordado especialmente pro papel. Se for alguém na média, não conhecia quaisquer dos outros atores. Talvez você tenha se apaixonado por Bridget naquela primeira cena, quando percebeu que não era a única pessoa solteira no mundo que podia passar a entrada de ano-novo sozinha ao som de "All by myself", talvez tenha sido a trilha sonora (maravilhosa), talvez tenha sido a história.
Se você estava sem ninguém no primeiro filme, saiu vendo a luz no fim do túnel ao final da sessão (e não era a placa que dizia 'saída’), principalmente se saíra de um mau relacionamento ou vivia brigando com a balança, o cigarro ou a bebida, ou seus pais e seu emprego, ou tudo junto. De qualquer modo, digamos que você tenha conseguido não assistir o filme mais de uma vez, tenha apagado de sua memória os esforços de uma mulher mais que comum que tentava ser feliz segundo o que a sociedade determinava. Tudo bem. Vá assistir “No limite da razão’ sem compromisso, só pelo prazer garantido de uma boa diversão.
Sugiro que neste caso dê um pulo na locadora e assista novamente “O Diário de Bridget Jones”. Eis o porquê: as referências ao primeiro filme estão por toda a parte e perder-se-ia muito assistindo um sem o outro, embora faça sentido. Sem falar que dá pra comprovar que a estrela subiu, sim, mas já era muito boa antes, só ficou mais famosa e foi merecidamente indicada ao Oscar. Não vá pelo Hugh Grant. Vá para ver Londres, se você gosta de admirar aquelas casinhas, as pontes, a chuva. Vá pelo prazer de ver a boa continuação de um filme descompromissado, que acabou transformando uma mulher solteirona, atrapalhada, não muito feliz nos comentários, acima dos trinta e do peso, em alguém a ser admirada ou pelo menos fazer muitas mulheres pensarem ‘não sou só eu’.
E que vivam nós, os imperfeitos!
sábado, dezembro 11, 2004
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